ENTRECORPOS: ENSAIO ENTRE UMA CADEIRA


Pensando sobre o ensaio ...

Na medida que podemos colocar no corpo as idéias do fazer, senti o quanto de possibilidade e também de impossibilidade de movimentos do corpo, captações de imagem, e o quanto essa historia de cadeiras , e o que podemos fazer com elas está bem representada na proposta do Entrecorpos: questionar, seguir, imitar, romper padrões.
Quando formulamos um padrão a ser definido como padrão, não necessariamente esse é um padrão reconhecível, ele só se torna reconhecível na medida da repetição. Por meio da repetição podemos reconhecer tal padrão. Mas esse reconhecimento pode ser difícil de perceber... Fazer ou tornar algum movimento um padrão parece ser uma tarefa simples, mas quando colocamos o corpo na roda, muitas coisas podem ou não podem acontecer. Isso é instigante...
Pensei numa questão em relação a isso, pois quando fazemos algo dito fora do padrão ou que esteja rompendo algum padrão, em algum momento o sistema coopta esse movimento, então esse dito movimento fora do padrão se incorpora ao sistema de uma forma sutil, de modo que todos passam a seguir tal comportamento, movimento ou idéia sem perceber que o sistema cooptou aquela idéia para alimentar o proprio sistema.
Então nos movimentos que fazemos, uma forma padrão é mantida, depois quebrada, esssa quebra se torna padrão novamente, e novamente é quebrada e assim por diante... Os movimentos de repetição, e formulação de padrão em imagens dessa forma em que temos que sofrer adapções do espaço é um desafio, pois a luz definirá muito do que será captado. Para captar público por exemplo, a publico terá q ser iluminado, e se não houver possibilidade de tal luz, outro padrão será realizado... Continuemos hoje no ensaio das 15:30h


(Drica Rocha)